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6 redes sociais para apostar além do Instagram

O Instagram é bom, mas será que é suficiente?

Por muito que algumas pessoas, volta e meia com um complexo de superioridade ou, em alternativa, com uma grande dor de cotovelo, gozem incessantemente com os influencers, a verdade é que um número considerável de pessoas vive parcial ou mesmo totalmente do influencing.

São muito raros os utilizadores do Instagram que não seguem, pelo menos, uma mão cheia de influenciadores.
Contudo, ainda que o Facebook e o YouTube já somem mais anos do que muitos dos seus utilizadores, a verdade é que a internet, e as redes sociais, são espaços instáveis em que a única constante é a mudança.

É, posto isto, normal, e mesmo sensato, que as pessoas que vivem atualmente do Instagram se preocupem com o seu futuro.

Afinal de contas, este encontra-se intimamente ligado ao futuro da plataforma, nomeadamente à sua substituição, em termos de popularidade, por uma outra. Não seria a primeira nem a última vez que tal aconteceria!

 

Os limites do Instagram

Mesmo agora, num momento em que o Instagram ainda aparece no menu principal da maioria dos smartphones, alguns criadores de conteúdo já se sentem um quanto limitados pelas definições da plataforma.

Para começar, alguns criadores de conteúdo queixam-se do facto de apenas um número reduzido dos seus seguidores ser alcançado organicamente pelos posts publicados no feed e pelas stories.

É verdade que, ultimamente, o Instagram tem promovido o conteúdo sob a forma de vídeo, nomeadamente reels, stories ou IGTV, mas, para aqueles cujo conteúdo não assenta, primeiramente, no vídeo, é capaz de não ser má ideia explorar, simultaneamente, outras plataformas.

Contudo, mesmo aqueles que recorrem muito ao vídeo devem prestar atenção a outro defeito do Instagram. Os vídeos que os criadores publicam, através do telemóvel, no IGTV surgem como tendo pouca qualidade para aqueles que acedem aos mesmos na versão desktop.

Um outro problema da plataforma é que deixou de dar para agendar Stories através do Estúdio de Criação e de outras plataformas de agendamento, como a Swonkie ou o MLabs, o que é altamente problemático para quem depende do Instagram para trabalhar, tornando o planeamento mais difícil!

De destacar ainda que o Instagram notifica o utilizador que alguém o começou a seguir, mas não que o deixou de fazer, o que daria jeito para monitorizar o número de seguidores e apurar eventuais razões para terem deixado de seguir a pessoa.

Por fim, e talvez o aspeto mais chato da plataforma, o Instagram dificulta muito a conexão com outras redes sociais.

Claro que se compreende o objetivo desta estratégia – manter os utilizadores o máximo de tempo possível na plataforma – mas o processo de estar continuamente a atualizar os links na bio rapidamente se torna aborrecido, leva muito tempo e o resultado pode não ser tão intuitivo, apelativo e imediato para os seguidores.

Plataformas próprias

A nossa sugestão é, em primeiro lugar, que cada criador tenha a sua própria plataforma, completamente sob o seu controlo (dentro dos limites, claro, que qualquer página online necessariamente impõe), livre da influência do algoritmo no que diz respeito à interação com a audiência.

Criar um site continua a ser uma das melhores opções neste sentido.

Além de dar mais credibilidade ao criador, dá-lhe liberdade total para publicar todo o género de conteúdo que desejar no formato que entender.

Para além disso, torna-se mais fácil que o encontrem em pesquisas no Google.

É igualmente boa ideia criar um blog.

Se pensarmos bem, os bloggers são basicamente os antepassados daqueles a que hoje chamamos influenciadores, não é verdade?

Há quem diga que o poder dos blogs, nesta altura, é quase mínima.

No entanto, numa altura em que os posts nas redes sociais chegam a cada vez menos pessoas, por capricho de algoritmos um quanto opacos, os blogs voltam a ser uma opção viável.

Veja-se o exemplo do blog Poupadinhos e com vales, de Janine Medeira. Também Ana Garcia Martins, com A Pipoca Mais Doce, é uma referência a nível nacional, não tendo nunca descurado o seu blog apesar dos vários projetos e plataformas em que se envolveu ao longo do tempo. O Ppl Ware, ligado à inovação e tecnologia, é outro exemplo de sucesso.

 

Aposta noutras redes sociais

Já a sabedoria popular diz que não devemos pôr todos os ovos no mesmo cesto.

Assim, e tendo em conta que nunca podemos prever com precisão qual vai aumentar ou perder popularidade, convém estar em mais do que uma rede social em vez de só no Instagram, ainda que esse se destaque atualmente.
Claro que, na maioria dos casos, também não se justifica estar em todas.

Primeiro, porque a audiência de dado criador de conteúdo nunca estará em todos.

Depois, porque há delas que se adaptam melhor que outras ao tipo de conteúdo produzido.

E, por fim, porque ninguém, por mais dedicado que seja, consegue manter devidamente atualizadas tantas redes sociais.

Como em quase tudo, menos é mais.

Mas claro que há mínimos!

Mais do que nunca, é extremamente importante que os influenciadores expandam a produção e distribuição de conteúdos às plataformas que concluam serem as mais relevantes para si, explorando os diferentes recursos que cada uma fornece e redirecionando os seus seguidores de umas para as outras.

Já terás, com certeza, ouvido falar do Pinterest, por exemplo.

Pinterest

O Pinterest trata-se de uma plataforma super visual, perfeita para quem produz conteúdos sobretudo à base de imagens e vídeos.

Ideal para quem já possui site ou blog, uma vez que possibilita direcionar parte dos conteúdos para um link, aumentando o tráfego e acessos orgânicos.

Também já ouviste, muito provavelmente, falar do Tik Tok:

TikTok

O TikTok é uma aplicação de compartilhamento de vídeos curtos, de 15 a 60 segundos, em que é possível incluir filtros, legendas, música, gifs, fazer cortes e usar a criatividade, acima de tudo.

Como no Instagram e no Twitter, é possível seguir o perfil de outras pessoas e interagir, fazer gosto nas publicações, comentando e até partilhando as publicações através do WhatsApp.

É, contudo, menos provável que já tenhas ouvido falar destas:

Patreon

O Patreon é uma plataforma online de subscrições que tem como principal objetivo simplificar a forma como os artistas e os criadores são pagos pelo seu trabalho.

Na prática, mistura os conceitos de financiamento colaborativo e subscrição: as pessoas podem apoiar mensalmente os seus projetos preferidos e em troca vão receber algum tipo de recompensa.

Medium

O Medium é ideal para quem prefere texto. Permite criar blogposts, participar em grupos de discussão e angariar novos seguidores que passarão a receber todo conteúdo assim que este é publicado na plataforma.

Vero

Trata-se de uma plataforma sem algoritmo, ou seja, em que o feed se organiza de forma cronológica, como acontecia com o Instagram nos seus primórdios.

Taboom

O Taboom funciona com base em transmissões ao vivo, permitindo aos criadores interagir com a audiência, incentivada a remunerá-los durante essas transmissões.

 

 

Qualquer pessoa hoje em dia sabe que a internet veio para ficar e que, tão cedo, não vai a lado nenhum. Pelo contrário, o número de utilizadores aumenta exponencialmente a cada dia:

Só nos últimos 12 meses, mais 316 milhões de pessoas começaram a usar a internet.

Em 2021, 53.6% da população mundial usa redes sociais, sendo o tempo médio despendido nas mesmas de 2 horas e 25 minutos.

Não é, posto isto, de admirar que cada vez mais gente dependa atualmente da internet a nível profissional.

Os influencers são, talvez, o fenómeno mais ilustrativo disso mesmo. E também dos que mais têm a perder com eventuais alterações na paisagem online. Daí que tenham um incentivo extra a antecipar essas mesmas oscilações e a precaver-se de forma a evitar ficar sem chão quando as mesmas efetivamente se dão.

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